segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SUGESTÕES DE LEITURA

Olá, amigos.

Nada melhor do que férias, né! Então que tal aproveitar o tempo para fazer umas leituras legais. Segue abaixo uma lista de ótimas sugestões comentadas por mim:

1 - O Livro dos Abraços (Eduardo Galeano): fala de política, amor, arte, etc. - é um livro de crônicas muito fácil de ler;
2 - Enterrem meu coração na curva do rio (Dee Brown): fala sobre o massacre dos índios norte-americanos durante a corrida para o Oeste - é um livro emocionante que prende o leitor do início ao fim. Desafio qualquer um a ler o livro e não chorar;
3 - As mil e uma noites (Alf Lailah Oua Lailah): é a história de um rei persa que passava uma noite com cada mulher, mandando matá-la no dia seguinte, até que encontra uma mulher que lhe começa a contar estórias que nunca terminam, estendendo assim sua vida por 1001 noites. - livro maravilhoso!
4 - O Silmarillion (J.R.R. Tolkien): literatura fantástica inglesa que traz estórias de elfos, anões, orcs, dragões, etc. - muito bom!
5 - Bíblia (Antigo Testamento): adoro o Antigo Testamento - extremamente enriquecedor.


Aproveitem as dicas e, caso necessitem de mais alguma, é só deixar um recadinho aí!


Abraços
Prof. Geferson

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mais um pouco de LATINIDADE

Descobri Silvio Rodriguez na Argentina e me apaixonei imediatamente por suas canções. Apesar de ser cubano e portanto pertencer a um país da América Central (Antilhas) suas canções são populares em toda a América Latina. Independente de conotações políticas (e algumas músicas dele são bastante políticas) suas canções são profundas e dotadas de melodias marcantes. Apresento-lhes, abaixo, uma das músicas que eu mais aprecio.  Aproveitem e procurem-no pela NET.


Te dou uma canção

Como eu gasto papel lembrando de você
Como me faz falar no silêncio
Como não me tira as vontades
Ainda que ninguém nunca me veja com você
E como passa o tempo que de repente são anos
Sem passar você por mim, detida

Te dou uma canção
Se abro uma porta
E das sombras sai você,
Te dou uma canção de madrugada
Quando mais quero sua luz,
Te dou uma canção
Quando aparece
O mistério do amor
E se não aparece
Não me importo
Eu te dou uma canção

Se olho um pouco para fora me detenho
A cidade se derruba
E eu cantando
A gente que me odeia e que me ama
Não vai me perdoar
Que me distraia,
Acreditem em tudo que eu digo
Que eu jogo a vida
Porque não te conhecem
Nem te sentem

Te dou uma canção e faço um discurso
Sobre o meu direito de falar,
Te dou uma canção
Com as minhas duas mãos
Com as mesma de matar,
Te dou uma canção
E digo pátria
E continuo falando para você,
Te dou uma canção
Como um disparo
Como um livro
Uma palavra
Uma guerrilha...
Como dou o amor.

Ofereço à Eva, minha esposa, com muito carinho.
Força Sempre
Gefe

sábado, 12 de dezembro de 2009

A Pintura Mural Mexicana

Olá, pessoal.

Descobri Diego Rivera há muitos anos. Ele é o principal expoente da famosa Pintura Mural Mexicana. Nós brasileiros nos informamos muito pouco sobre a cultura latino-americana, o que é uma pena, pois é maravilhoso descobrir o que a América Latina tem para nos mostrar. Iniciei os estudos sobre Machu Pichu como parte dos preparativos para a viagem que realizarei em breve ao Perú (um sonho antigo). Por agora apresento-lhes um pouco da cultura mexicana através dos murais de Diego Rivera.


A Água na Evolução das Espécies


Terra Virgem


A Civilização Tarasque


A Grande Cidade de Tenochtitlán


Dia das Flores


Indústria de Detroit


Diego Rivera

Abraços
Prof. Geferson

MENSAGEM AOS FORMANDOS - 2009

Olá, meus queridos alunos.

Venho transmitir minhas felicitações a todos vocês pelo cumprimento de uma das etapas mais importantes de suas vidas. No SESI, no CIB, no Medianeira (cuja formatura ainda não aconteceu, mas que por motivos maiores não poderei comparecer) experimentei momentos maravilhosos e aprendi muito com vocês.
Lucas do SESI (vulgo "pelado") valeu por sempre rir das minhas piadas. Fernanda (Medianeira) agora não vai mais gabaritar minhas provas. Thiago do CIB (não se esqueça da Chineleta)... hehe.
Poderia colocar aqui momentos vividos com cada um de vocês, mas ficaria muito extenso, então preferi colocar um de cada Colégio apenas para simbolizar a todos.

Valeu, pessoal... sentirei saudades.

Abraços
Prof. Geferson

domingo, 6 de dezembro de 2009

O Estilo Barroco


Impressionante essa tela do artista Caravaggio. Que pintor fantástico!
Esta obra se chama: "A Incredulidade de São Tomé" e é absolutamente tocante.
Pesquisem sobre caravaggio e outros pintores do Barroco, tais como Velásquez ou Wermer. Tenho certeza que vocês ficarão fascinados com o que descobrirão.

Abraço
Prof. Geferson

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A Mentira nos Rodeia

Olá, pessoal.

Acabei de ler um artigo de Carl Sagan entitulado: A Arte Refinada de Detectar Mentiras. Fiquei impressionado com os argumentos do grande mestre da astrofísica que fez parte da minha moldagem cultural. Como já disse à vocês, cresci ouvindo Carl Sagan na varanda da minha casa, na TV, etc. Copiei uma citação de Francis Bacon utilizada pelo próprio Carl Sagan como introdução no artigo. No final desta postagem deixarei o link para o caso de alguém querer se aventurar e perceber o quanto nos iludimos com nossas próprias mentiras.

“A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos afetos; disso se originam ciências que podem ser chamadas ‘ciências conforme a nossa vontade'. Pois um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim, ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas, porque diminuem a esperança; as coisas mais profundas da natureza, por superstição; a luz da experiência, por arrogância e orgulho, coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do vulgo. Em suma, inúmeras são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento.”
(Francis Bacon, Novum organon -1620)


Abraços verdadeiros!
Prof. Geferson

domingo, 29 de novembro de 2009

Reflexão Momentânea


"Que tipo de problema ou perturbação poderia vencer este olhar?
Seria possível ao mais insensível dos homens resistir a esse flerte?"

Abraços emocionados
Prof. Geferson

sábado, 28 de novembro de 2009

A Revolução Universitária de Córdoba

A revolução universitária de Córdoba ocorrida no início do século XX foi um dos acontecimentos mais importantes até hoje registrado no meio universitário. Os estudantes pegaram em armas contra as amarras do ensino de medicina que se realizava até entao na universidade, tornando-o mais acessível e mais humanizado. Os ecos de tal revolução chegaram até o México contribuindo intensamente para a adoção de uma nova linha no ensino na América Latina.
Segue abaixo um trecho do manifesto proferido pelos estudantes:

Da juventude argentina de Córdoba de 1918

Homens de uma República Livre, rompemos o último grilhão que, ao início do século 20, nos atava o pensamento. Não imaginem que isto tenha sido fácil para nós, jovens acostumados à dominação monárquica e monástica. Foi preciso falar mais alto e expressar em palavras e atos a vocação revolucionária da reforma.
Resolvemos chamar todas as coisas pelos nomes que têm. Córdoba se redimiu. A partir de então contamos para o país com uma vergonha a menos e uma liberdade a mais.
As dores que ficaram foram liberdades que faltaram. Acreditamos que não erramos, as ressonâncias do coração nos advertiram: estávamos pisando sobre uma revolução, estávamos vivendo uma hora americana.
A rebeldia que nos animava estalou em Córdoba e foi violenta porque os tiranos tinham muita soberba e era necessário apagar para sempre a lembrança dos contra-revolucionários de então.
As universidades haviam sido até então o refúgio secular dos medíocres, a renda dos ignorantes, a hospitalização segura dos inválidos e –o que é ainda pior– o lugar onde todas as formas de tirania e insensibilidade acharam a cátedra que as ditasse. As universidades chegaram a ser assim, fiel reflexo de sociedades decadentes que se empenhavam em oferecer o triste espetáculo de uma imobilidade senil.

sábado, 21 de novembro de 2009

Teste de Personalidade

Olá, pessoal.

Fiz este teste e achei muito legal. Tem base científica, apesar de o resultado ser meio complexo, ou seja, meio complicado para decifrar. No entanto, com um pouco de concentração é possível entendê-lo. Vale a pena!
Segue o link: http://super.abril.com.br/multimidia/info_503387.shtml
Abraços
Prof. Geferson

Será que o Brasil teria sido descoberto pelos CHINESES?

A Armada do Dragão

No início do século 15, a China era, de longe, a nação mais avançada da Terra: seus exércitos já empunhavam armas de fogo quando ingleses, portugueses e espanhóis ainda se espetavam com lanças e flechas. E o maior contraste entre o avanço da China e o atraso europeu estava na engenharia naval. Por volta de 1400, Zhong Di, o imperador que levou a dinastia Ming ao seu auge econômico, construiu uma frota de 300 ba chuan ou “navios de tesouro” - monstros náuticos com 150 metros de comprimento. Relatos da época dizem que, ao serem lançados ao mar, os navios colossais pareciam uma cidade flutuante. Eram, sem dúvida, as maiores e mais mortíferas embarcações já feitas pelo homem até então.
A armada fantástica fez várias viagens pelo oceano Índico, entre 1400 e 1430. A mais famosa partiu de Nanquim no dia 3 de março de 1421, sob o comando do bravo almirante Zheng He, chinês de família muçulmana e eunuco (todos os servos pessoais do imperador eram castrados, para evitar possíveis puladas na cerca do harém imperial…). Os relatos oficiais dizem que o capitão eunuco navegou pela costa da África e deu meia volta nas proximidades da Tanzânia, no leste do continente. Isso não é pouco: o percurso, de 16 mil quilômetros, é praticamente o dobro da distância entre Brasil e Portugal. Mas, desde 2002, quando lançou 1421, Gavin Menzies vem divulgando a teoria de que a armada de Zheng He seguiu adiante e contornou o cabo da Boa Esperança, 60 anos antes que Bartolomeu Dias fizesse o mesmo no sentido contrário. Dali, os chineses teriam se lançado à descoberta do Novo Mundo.
Contornar o cabo não seria um desafio tão grande para o ba chuan. A travessia ali é muito mais uma questão de força do que de jeito - não basta ser um grande navegador, mas é preciso ter uma embarcação capaz de suportar a força dos ventos e das ondas nas “tormentas”. A partir dali, a jornada seria facilitada graças àcorrente de Bengala, que sobe pela costa da África, começando no cabo da Boa Esperança. “O navegante que chegasse ao cabo, vindo do leste, seria levado pela corrente para o norte por 4 800 quilômetros” escreve Menzies. Nessa altura, o navio pegaria carona em outra corrente marítima - a Sul-Equatorial, que faz uma curva para o oeste e desemboca exatamente no norte do Brasil. Menzies calcula que a armada chinesa tenha passado pelo litoral do Maranhão ou de Pernambuco em setembro de 1421. Não há como saber se houve desembarque, mas Menzies aposta que os chineses toparam com os índios brasileiros e inclusive ficaram bem íntimos das índias: pesquisas feitas por geneticistas americanos no ano 2000 encontraram semelhannças entre genes chineses e de tribos do Mato Grosso do Sul. Além disso, sabe-se que tribos da bacia Amazônica sofrem de uma doença chamada chimbere, que causa marcas concêntricas na pele, parecidas com tatuagens. A doença só ataca pessoas com predisposição genética, é passada de pai para filho, e o único lugar onde a situação se repete é o leste da Ásia - lá, a enfermidade se chama tokelau. “O chimbere sul-americano e o tokelau asiático são provas de que houve contato entre as regiões antes da chegada dos europeus”, escreveu o geógrafo francês Max Sorre em A Luta Contra o Meio, ensaio científico publicado em 1967 - bem antes de Menzies começar suas pesquisas.
Depois de espalhar seus genes pelo Brasil, os chineses teriam entrado no Pacífico pelo sul da Argentina. Dali, foi só fazer a volta ao mundo e correr para o abraço. De lambuja, bem no finzinho da viagem, Menzies acredita que eles desembarcaram na Austrália. Em 1965, exploradores desenterraram um enorme leme de navio, com cerca de 12 metros da altura, no estado australiano de Nova Gales do Sul. “Somente um ba chuan teria um leme tão grande”, escreve Menzies, que também aposta no encontro entre os descobridores chineses e os nativos da Oceania. Tanto os aborígenes da Austrália quanto os maoris, povo que vive na Nova Zelândia, contam lendas sobre um grupo de navegantes, “vestidos em longas túnicas”, que teria desembarcado em suas terras antes dos europeus (por sinal, há relatos chineses sugerindo que a Austrália já tinha sido descoberta até antes de 1421, como você pode ver no quadro da página 62).
Mas, se tudo isso aconteceu, então por que Brasil e Austrália não falam mandarim e por que não comemos nossos pratos com a ajuda de pauzinhos? A resposta está no amargo regresso de Zheng He à China em 1423. Zhong Di, patrono das navegações, fora derrubado por uma rebelião - e o novo soberano decidiu que conquistar o mundo estava onerando os cofres imperiais. A marinha chinesa foi praticamente desativada e a maior parte dos documentos relativos à viagem de Zheng He foram queimados pelos censores do novo imperador, que queria desestimular extravagâncias futuras apagando os vestígios das passadas. A China desistiu de conhecer o mundo e decidiu se voltar para dentro, transformando a figura de Zheng He num tabu nacional, representante das tendências expansionistas e contrárias à idéia confuciana de que a China tinha de ficar fechada à influência dos “bárbaros”. Abandonadas ao léu, as colônias chinesas no Novo Mundo definharam, e sua memória se perdeu. Pelo menos até agora…

Retirado de: http://super.abril.com.br/super2/home/

Abraços
Prof. Geferson

Texto da aluna Gabriella Perez

Olá, amigos.
Sempre recebo ótimos textos produzidos por vocês alunos e agora estou tomando a liberdade de publicá-los em meu Blog, sempre respeitando a autoria de cada um deles, é claro. Este texto é da aluna Grabriella Perez do 2º ano do Colégio SESI. Desfrutem!!!

Uma só mão não conduz navegações a territórios desconhecidos e descobre uma nova civilização; mãos que trabalham juntas miscigenam culturas e constroem novas raças.

Uma só cabeça não desenvolve teorias mirabolantes sobre a origem da vida ou sequer emenda números e letras numa sintonia perfeita para resolução de simples problemas; cabeças que trabalham juntas transpõem barreiras inimagináveis e curam deficiências produzidas por cabeças egoístas – malditas cabeças que só pensam por si.

Um único homem não seca a água dos oceanos e extingue toda uma espécie de animais e desmata quilômetros de matas e florestas e vida.

Um único homem não conseguirá reparar os danos de toda uma sociedade que enxerga preto, sujo, podre.

Mas um único homem, unindo-se a outros únicos homens, a outras cabeças sozinhas e a outras mãos egoístas, podem devolver à vida seu verdadeiro sentido.

Abraços
Prof. Geferson

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Eric Hobsbawn fala sobre os 20 anos da queda do Muro de Berlim

Olá, amigos.
Como prof. de História não poderia deixar passar em branco a lembrança da queda do Muro de Berlim. Por isso, ao invés de fazer meus comentários habituais, optei por transcrever um trecho da entrevista do maior historiador do mundo, o inglês Eric Hobsbawn. Deliciem-se!!!!!

FOLHA - Passados 20 anos, qual é o legado político e econômico da queda do Muro de Berlim?


ERIC HOBSBAWM - O legado econômico é certamente menos dramático do que o político. Economicamente, significou a destruição do que restara de um sistema socialista planejado na União Soviética e na Europa do leste -que já estava em declínio- e a integração da antiga região socialista à economia capitalista global.

Isso levou a um colapso social e econômico na ex-União Soviética, embora, posteriormente, a Rússia e algumas ex-repúblicas soviéticas tenham visto alguma recuperação, baseada nos altos preços da energia e dos insumos industriais.

Com algumas exceções, a região provavelmente permanece, em termos relativos, mais atrás do Ocidente do que estava antes da queda do muro. Ela desenvolveu um nível chocante de desigualdade econômica.

Os efeitos políticos, por sua vez, têm sido enormes. Eles reduziram a Rússia de superpotência a um Estado não maior do que era no século 17.

Além disso, a União Europeia saltou de 15 para 27 Estados, e foi criada uma Alemanha unificada no coração do bloco.

Também foi reintroduzida a guerra [conflito nos Bálcãs nos anos 90] e a instabilidade política na Europa, após o colapso do único Estado comunista, a Iugoslávia. Isso acabou por tornar os Bálcãs mais "balcanizados" do que antes.

Outro efeito da queda do muro foi a destruição de um sistema internacional estável.

Isso porque se atribuiu aos EUA a ilusão de que poderiam, como única superpotência global, exercer sua hegemonia no mundo todo -o que acabou por transformar o mundo no lugar perigoso de hoje em dia.



FOLHA - Berlim não se tornou uma das principais capitais europeias, como se previa 20 anos atrás, e a Alemanha, embora rica, foi há pouco superada economicamente pela China. Nesse sentido, a queda do muro foi um fracasso?

HOBSBAWM - Berlim não se tornou uma grande capital europeia porque a reunificação política das Alemanhas Ocidental e Oriental não teve como recriar um país genuinamente unido.

A antiga Alemanha Oriental -embora seus habitantes estejam hoje muito melhor do que estavam antes de 1989- perdeu sua base econômica para a Alemanha Ocidental. Além disso, apresenta índices de desemprego elevados e continua a perder sua população para a antiga Alemanha Ocidental.

Berlim tem muito poucos habitantes para uma cidade com sua importância histórica.

Para quem a visita, ela parece uma pessoa encolhida usando um sobretudo grande demais para seu peso atual. Culturalmente, nunca reconquistou a posição que detinha entre 1871 [quando o Império Germânico inaugurou o Segundo Reich] e a ascensão de Hitler [em 1933].

Isso não quer dizer que a Alemanha como um todo esteja em declínio. Ela, por exemplo, não pode ser comparada com a China (80 milhões de habitantes contra 1,3 bilhão). Mesmo com um PIB maior do que o da Alemanha, a China é muito menos desenvolvida, muito mais pobre e menos capaz em áreas como tecnologia de ponta.

Se há perigos futuros para a Alemanha como potência econômica, eles nascem da relativa lentidão do desenvolvimento econômico da UE.



FOLHA - A queda do muro representou o colapso do pensamento de esquerda?

HOBSBAWM - Ela simbolizou, mas não foi a causa, da crise do pensamento de esquerda, que já vinha desde os anos 1970.

Estritamente falando, ela apenas demoliu a crença de que o socialismo de corte soviético (economia planificada comandada por um Estado centralizador que eliminou o mercado e a iniciativa privada) era uma forma factível de socialismo.

Na verdade, como foi a única tentativa de realizar o socialismo na prática, seu fracasso desencorajou os socialistas como um todo -embora a maior parte deles tenha sido crítica do sistema soviético.

Entretanto as raízes da crise da esquerda retrocedem ainda mais. Ela ainda não chegou ao fim, mas o colapso do capitalismo financeiro global em 2008-9 -que foi uma espécie de queda do Muro de Berlim para a ideologia neoliberal- oferece uma chance de reabrir as perspectivas para a esquerda. Mas, espera-se, em uma base mais realista do que no passado.



Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 10 de novembro de 2009

VESTIBULAR

Olá, caros alunos.

Venho desejar ótimos resultados a todos vocês nos vestibulares que se iniciam neste mês de Novembro e que vão adentrar o meses de Dezembro e Janeiro. Estejam calmos e não se intimidem com camisetas, faixas e aquele pessoal que fica fazendo pressão. Concentrem-se e façam uma prova coesa com uma redação bem caprichada (foi minha redação que me colocou na Faculdade).

Coloco-me à disposição de todos para quaisquer dúvidas e dicas.

Abraços

Prof. Geferson

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A FORÇA DAS PALAVRAS


Eduardo Galeano: a linguagem, as coisas e seus nomes

O capitalismo exibe o nome artístico de economia de mercado;
O imperialismo se chama globalização;
As vítimas do imperialismo se chamam países em via de desenvolvimento, que é como chamar de meninos aos anões;
O oportunismo se chama pragmatismo;
A traição se chama realismo;
Os pobres se chamam carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos;
A expulsão dos meninos pobres do sistema educativo é conhecida pelo nome de deserção escolar;
O direito do patrão de despedir sem indenização nem explicação se chama flexibilização laboral;
A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria;
em lugar de ditadura militar, se diz processo.
As torturas são chamadas de constrangimentos ilegais ou também pressões físicas e psicológicas;
Quando os ladrões são de boa família, não são ladrões, são cleoptomaníacos;
O saque dos fundos públicos pelos políticos corruptos atende ao nome de enriquecimento ilícito;
Chamam-se acidentes os crimes cometidos pelos motoristas de automóveis;
Em vez de cego, se diz deficiente visual;
Um negro é um homem de cor;
Onde se diz longa e penosa enfermidade, deve-se ler câncer ou AIDS;
Mal súbito significa infarto;
Nunca se diz morte, mas desaparecimento físico;
Tampouco são mortos os seres humanos aniquilados nas operações militares: os mortos em batalha são baixas e os civis, que nada têm a ver com o peixe e sempre pagam o pato, danos colaterais;
Em 1995, quando das explosões nucleares da França no Pacífico Sul, o embaixador francês na Nova Zelândia declarou: “Não gosto da palavra bomba. Não são bombas. São artefatos que explodem”;
Chama-se Conviver alguns dos bandos assassinos da Colômbia, que agem sob proteção militar;
Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e Liberdade o maior presídio da ditadura uruguaia;
Chama-se Paz e Justiça o grupo militar que, em 1997, matou pelas costas quarenta e cinco camponeses, quase todos mulheres e crianças, que rezavam numa igreja do povoado de Acteal, em Chiapas.

(Do livro De pernas pro ar, editora L&PM)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um pouquinho de Paulo Leminsk

I.

ver
é dor
ouvir
é dor
ter
é dor
perder
é dor
só doer
não é dor
delícia
de experimentador
 
 

II.
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além

III.

um texto morcego
se guia por ecos
um texto texto cego
um eco anti anti anti antigo
um grito na parede rede rede
volta verde verde verde
com mim com com consigo
ouvir é ver se se se se se

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Barack Obama - Prêmio Nobel Precoce?

Espera-se muito do Obama. Tem-se avaliado positivamente muitas de suas atitudes. No entanto faz-se necessário analisar a possível precocidade do prêmio Nobel da Paz entregue a ele em setembro. Por enquanto ele ainda não desativou Guantánamo, não retirou o bloqueio contra Cuba, não retirou as tropas do Iraque, não nacionalizou a saúde nos EUA e ainda por cima... aumentou o efetivo militar no Afeganistão. Os fatos são implacáveis e falam por si só. Parabéns a sociedade norte-americana pelo show de democracia e por ter deixado o mundo boquiaberto ao eleger um presidente negro. Sua eleição não foi precoce, pois foi resultado de anos de lutas étnicas simbolizadas por Martin Luther King, pelos Panteras Negras (este último um grupo mais radical), porém a precocidade de seu prêmio Nobel deve ser levada em consideração!

Abraços

Prof. Geferson

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Idéias Sustentáveis - Gandhi

Mahatma Gandhi foi um dos nomes mais importantes da História da humanidade. Quando perguntaram sobre ele para Albert Einstein, este falou: "As gerações futuras custarão a acreditar que um dia um homem como ele, em carne e osso, já andou sobre a Terra". Receber um elogio deste de Albert Eisntein não é para qualquer um hein!!!!!

Logo após a Independência da Índia pergutaram a Gandhi se ele adotaria o mesmo modelo de desenvolvimento da Inglaterra (antiga dominadora da Índia), e então ele respondeu: "A Inglaterra gastou metade da energia do planeta para realizar seu desenvolvimento. Estou falando de uma ilha. Quantos planetas seriam necessários para fazer o mesmo coma Índia?!"

Considerações do Professor
 
O grande Mahatma tentou nos mostrar o quanto se faz importante mudarmos o nosso padrão de consumo. Utilizar menos produtos descartáveis, novos tipos de combustíveis, etc. Se todos os planetas do mundo consumissem de forma igual aos EUA, por exemplo, seriam necessários 4 (quatro) planetas para sustentar o consumo. Reflitam sobre isso caros alunos!

Abraços

Prof. Geferson

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Segue abaixo um monólogo de um dos maiores gênios brasileiros - Observem que todas as palavras começam com a letra "M" - Tocante!

Monólogo Mundo Moderno


E vamos falar do mundo, mundo moderno
marco malévolo
mesclando mentiras
modificando maneiras
mascarando maracutaias
majestoso manicômio
meu monólogo mostra
mentiras, mazelas, misérias, massacres
miscigenação
morticínio, maior maldade mundial
madrugada, matuto magro, macrocéfalo
mastiga média morna
monta matumbo malhado
munindo machado, martelo
mochila murcha
margeia mata maior
manhazinha move moinho
moendo macaxeira
mandioca
meio-dia mata marreco
manjar melhorzinho
meia-noite mima mulherzinha mimosa
maria morena
momento maravilha
motivação mútoa
mas monocórdia mesmice
muitos migram
mastilentos
maltrapilhos
morarão modestamente
malocas metropolitanas
mocambos miseráveis
menos moral
menos mantimentos
mais menosprezo
metade morre
mundo maligno
misturando mendigos maltratados
menores metralhados
militares mandões
meretrizes marafonas
mocinhas, meras meninas,
mariposas
mortificando-se moralmente
modestas moças maculadas
mercenárias mulheres marcadas
mundo medíocre
milionários montam mansões magníficas
melhor mármore
mobília mirabolante
máxima megalomania
mordomo, mercedez, motorista, mãos
magnatas manobrando milhões
mas maioria morre minguando!
moradia meiágua, menos, marquise
mundo maluco
máquina mortífera
mundo moderno melhore
melhore mais
melhore muito
melhore mesmo
merecemos
maldito mundo moderno
mundinho merda!
(Chico Anysio)

sábado, 17 de outubro de 2009

Desafio 2 - De quem o texto abaixo está tratando???

"Como Rita, esta moça foi corrigida. Tinha pálpebras gordas e papada, nariz de ponta redonda e dentes demasiados: Hollywood cortou a gordura, suprimiu cartilagens, limou os dentes e transformou seus cabelos (...) Depois os técnicos a rebatizaram e lhe inventaram uma patética história de infância para que ela contasse aos jornalistas."

Vamos ver quem responde primeiro!!!!!!!!

Abraços

Prof. Geferson

Façam os Desafios do BLOG

Olá, pessoal.

Muitos alunos já me disseram que passaram pelo blog. Fiquei muito feliz com isso. No entanto a maioria disse que não realiza os desafios e comentários porque têm vergonha de se identificar. É por isso que venho fazer uma proposta: realizem os desafios e façam os comentários à vontade e identifiquem-se com um Codinome ou Apelido, pois assim ninguém vai saber exatamente quem vocês são. Vamos lá! Quero ouvir o que vocês pensam e saber se são capazes de solucionar os desafios!!!!!!

Abraços

Prof. Geferson

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sustentabilidade - Idéias Sustentáveis


Este projeto é de um arquiteto inglês chamado Sir Nicholas Grimshaw  . É uma maneira de dessalinizar a água do mar sem a utilização de combustíveis fósseis no aquecimento da mesma para evaporação. As placas filtram o vapor emitido pelo mar e o dessaliniza, onde logo após o vapor será submetido a tubos que serão responsáveis pelo resfriamento do vapor convertendo-o em água. E o interessante é que al´´em da dessalinização a obra pode ser aproveitada para apresentação de peças teatrais. Esta é, sem dúvida, uma das idéias sustentáveis mais eficientes e baratas de que já ouvi falar, e uso este exemplo muitas vezes nas aulas de Geografia quando o assutno é Sustentabilidade.

Abraços
Prof. Geferson

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Qual o segredo da felicidade?





Desafio da Semana (06/10/09)

Olá, Pessoal. Vamos ver qual será a melhor interpretação deste texto.

Procedimento: Deixe sua interpretação no Comentário. Vou analisar as interpretações e postar o nome do Vencedor da Semana.

Celebração da voz humana/1

Os índios shuar, chamados de jíbaros, cortam a cabeça do vencido.
Cortam e reduzem, até que caiba, encolhida, na mão do vencedor, para que o vencido não ressuscite. Mas o vencido não está totalmente vencido até que fechem a sua boca. Por isso os índios costuram seus lábios com uma libra que não apodrece jamais.

GALEANO, Eduardo. O Livro dos Abraços.


Abraços
Prof. Geferson

domingo, 27 de setembro de 2009

James Brown - Irresistível

Penso na reação da sociedade puritana americana quando surgiu esse cara. De início parecia algo muito anti-estético, mas todos se renderam ao jogo de pernas e ao sentimento que era expresso em suas canções.

James Brown - Preciosidade.

Abraços

Prof. Geferson

Alguns amigos do Paseo de Las Artes - Bons tempos


E aí, Tio Gilson. Que saudades de quando vendíamos nosso artesanato!
Quanta aprendizagem obtivemos com tudo isso hein!
Abração
Prof. Geferson

História do Paraná - 2

Segue abaixo um resumo da Imigração no Paraná:

PARANÁ – IMIGRAÇÃO

Etnias

O Paraná é um dos estados com a maior diversidade étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a construir o Paraná de hoje. As 28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradições. Os imigrantes chegaram com a promessa de encontrar a paz numa 'terra desconhecida, mas que prometia trabalho, terra, produção e tranquilidade.

A colonização maciça só começou depois da proibição do tráfico de escravos, o que aumentou a procura de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente no Norte do Estado. Essa mão-de-obra assalariada passou a ser a melhor alternativa para o desenvolvimento da pecuária, até então era a principal cultura do Paraná, e das lavouras de café. Foi a partir de 1850, quando o Paraná deixou de ser província de São Paulo, que o Governo local iniciou uma campanha para atrair novos imigrantes. Entre 1853 e 1886 o Estado recebeu cerca de 20 mil imigrantes. Cada um dos povos que colonizaram o Paraná formaram colônias nas regiões do Estado.



Alemães - Os alemães foram os primeiros a chegar ao Paraná, em 1829, fixando-se em Rio Negro. Mas, o maior número de imigrantes vindos da Alemanha chegou ao Estado no período entre as guerras mundiais, fugindo dos horrores dos conflitos. Esse povo trouxe ao Paraná todas as atividades a que se dedicavam, entre elas a olaria, agricultura, marcenaria, carpintaria, etc. E, à medida que as cidades prosperavam, os imigrantes passaram a exercer também atividades comerciais e industriais. Hoje, a maior colônia de alemães está no município de Marechal Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas, na culinária e no rosto de seus habitantes a marca da colonização.

Os alemães estão concentrados também em Rolândia, Cambé e Rio Negro. A maioria deles chegou ao Paraná vindo de Santa Catarina.

Árabes - O primeiro lugar onde os árabes se instalaram no Paraná foi Paranaguá. Mais tarde eles foram para Curitiba, Araucária, Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava, Serro Azul, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, que hoje tem a maior colônia árabe do Estado. Em Curitiba apareceram em maior número após a Segunda Guerra Mundial, quando chegaram a constituir cerca de 10% da população.

Uma das maiores influências dos árabes no Estado está na gastronomia, onde os temperos e condimentos passaram a ser incorporados a culinária de modo geral, além dos kibes e sfihas que até hoje estão presente na mesa dos paranaenses. Os imigrantes árabes se dedicaram principalmente à produção literária, arquitetura, música e dança.

Espanhóis - Os primeiros imigrantes espanhóis que chegaram ao Paraná formaram Colônias nos municípios de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wensceslau Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-se mais intensa. Novos municípios, principalmente na região de Londrina, foram formados por esses imigrantes. Eles desenvolveram atividades comerciais, artesanais e relacionadas à indústria moveleira.

Holandeses - Os primeiros holandeses chegaram no Paraná em 1909, instalaram-se em uma comunidade próxima a Irati. Algumas famílias acabaram voltando para a Holanda, outras foram para a região dos Campos Gerais onde fundaram a Cooperativa Holandesa de Laticínios, em 1925. A Cooperativa trouxe a consolidação da colônia de Carambeí. A Castrolanda é a povoação mais recente de holandeses na região.

Índios - Na época do descobrimento, em 1500, o Brasil era habitado por tribos indígenas, qsue viviam espalhadas por todo o território nacional. No Paraná, o habitantes primitivos também eram os indígenas que formavam grandes grupos ou tribos, os Jê ou Tapuia e a grande família dos Tupis-Guarani. Os Carijó e Tupiniquim habitavam o litoral; os Tingüi, a região onde hoje é Curitiba; os Camé, a região onde hoje é o município de Palmas; os Caigangue e Botocudo habitavam o interior do Paraná. Os primeiros caminhos do Paraná foram feitos pelos índios e usados pelos bandeirantes para penetrar no território: Caminho de Peaberu, Caminho da Graciosa, Caminho de Itupava e Estrada da Mata.

Italianos - Sem dúvida os italianos foram os que ocuparam o primeiro lugar nas imigrações brasileiras. No Paraná eles contribuíram muito trabalhando nas lavouras de café e, mais tarde, em outras culturas. A principal concentração desses imigrantes no Estado está na capital, Curitiba, em Morretes, no litoral, e nas cidades de Palmeira e Lapa, onde existiu a colônia anarquista de Santa Cecília.Os italianos contribuíram também na indústria e na formação de associações trabalhistas e culturais.

Japoneses - Os imigrantes japoneses se fixaram no Norte Pioneiro, trazendo a tradição da lavoura. Como, porém, desconheciam técnicas agrícolas relativas às culturas tropicais, se dedicaram a piscicultura, horticultura e fruticultura na economia regional.

Alguns dos produtos introduzidos no Estado pelos japoneses foram o caqui e o bicho da seda. Maringá e Londrina são as cidades paranaenses que concentram o maior número de japoneses. Os municípios de Uraí e Assaí originaram-se a partir de colônias japonesas.

Negros -A população do Paraná tradicional, isto é, do Paraná da mineração, da pecuária, das indústrias extrativas do mate e da madeira, e da lavoura de subsistência , era heterogênia e nela estavam presentes os mesmos elementos que compunham a população das outras regiões brasileiras: o índio, o europeu, o negro e seus mestiços. Portanto, uma sociedade também marcada pela escravidão e na qual foi significativa a participação econômica e social dos escravos negros.

Na primeira metade do século XIX o número relativo de representantes da raça negra chegou a 40% do total da população da Província.

Em Curitiba, o escravo estava presente no trabalho doméstico, mas também tinha lugar importante no cenário cultural da cidade. Eles mostravam seu talento musical participando de "cantos" no largo do mercado municipal.

Poloneses - Os poloneses chegaram ao Paraná por volta de 1871, e fixaram-se em São Mateus do Sul, Rio Claro, Mallet, Cruz Machado, Ivaí, Reserva e Irati. Em Curitiba, fundaram várias colônias que hoje são os bairros Santa Cândida e Abranches. Esse povo ajudou a difundir o uso do arado e da carroça de cabeçalho móvel, puxado a cavalo. Dedicados à agricultura, ajudaram a aumentar a produção do Estado.

Portugueses - No Paraná, a partir de meados do século XIX, destacam-se as grandes levas de portugueses atraídos pela explosão cafeeira do Norte Novo do Paraná, no eixo compreendido entre Londrina, Maringá, Campo Mourão até Umuarama. Grande maioria veio das Beiras (Alta e Baixa), Minho, Trás-os-Montes.

A cidade de Paranaguá foi, e continua sendo até hoje, a cidade do Paraná que tem mais traços da cultura e herança lusitana. Foi a porta de entrada dos portugueses e manteve alguns traços característicos desse legado.

Ucranianos - Os ucranianos chegaram ao Paraná entre 1895 e 1897. Mais de 20 mil Imigrantes chegaram ao Estado e formaram suas principais colônias em Prudentópolis e Mallet. Estão presentes também nos municípios de União da Vitória, Roncador e Pato Branco. Hoje o Paraná abriga a grande maioria de ucranianos que vivem no Brasil: 350 mil dos 400 mil imigrantes e descendentes.

Abraços


Prof. Geferson

sábado, 26 de setembro de 2009

O Poder do Cinema

1910
Havana
O CINEMA

Escadinha no ombro anda o faroleiro. Com sua longa pértiga acende as mechas, para que as pessoas possam caminhar sem tropeçar pelas ruas de Havana.

De bicicleta anda o mensageiros. Leva rolos de filme debaixo do braço, de um cinema para outro, para que as pessoas possam caminhar sem tropeços por outros mundos e outros tempos, e flutuar no alto céu, junto a uma moça sentada numa estrela.

Esta cidade tem duas salas consagradas à maior maravilha da vida moderna. As duas exibem os mesmos filmes. Quando o mensageiro demora com os rolos, o pianista distrai a platéia com valsas e danzones, ou o lanterninha recita seletos fragmentos de Dom Juan Tenório. Mas o público rói as unhas esperando que na escuridão resplandeça a mulher fatal com suas olheiras de dormitório, ou galopem cavalheiros de cota de malha, com passo de epilepsia, rumo ao castelo envolto em bruma.

O cinema rouba público do circo. A multidão já não faz fila para ver o bigodudo domador de leões, ou a Bela Geraldine enlatada de Lantejoulas, refulgindo de pé sobre o cavalo francês de ancas enormes. Também os marioneteiros abandonam Havana e vão perambular por praias e aldeias, e fogem os ciganos que lêem a sorte, o urso melancólico que dança ao som de um pandeiro, o bode que dá voltas sobre o tamborete e os esquálidos saltimbancos vestidos de xadrez. Todos eles vão embora de Havana porque as pessoas já não lhes atiram moedas por admiração, e sim por compaixão.

Não há quem possa contra o cinema. O cinema é mais milagroso que a água de Lourdes. Com caneca do Ceilão se cura o frio no ventre; com salsinha, o reumatismo; e com o cinema, todo o resto.



GALEANO, Eduardo. Memória do Fogo Vol. 3. O Século do Vento. L&PM Editores, 1998. Porto Alegre – RS

No alto da maior cidade da América Latina - Sensação de Poder

Recordamos os 70 anos da Segunda Guerra Mundial

Olá, amigos.

No dia 01/09/1939 às 04:00 iniciou-se a Segunda Guerra Mundial com a invasão da Polônia. Venho lembrar-lhes dos horrores causados pelo Holocausto e afirmar que erros como este não podem ser esquecidos, pois se assim for, o erro vai sendo amenizado e ao ser amenizado corremos o risco de vê-lo ocorrer novamente. Devemos aprender com o passado. A observação e a análise cronológica é capaz de aprimorar os nossos atos evitando que erros como este possam ser repetidos e que ações positivas possam ser melhoradas.
Sabemos que em História não existe "Se": se Roma não tivesse sido incendiada, se Jesus não tivesse sido crucificado. No entanto, nada nos impede de aprender com o passado e projetar nossas ações no presente com base naquilo que detectamos em relação aos fatos históricos.
Os campos de concentração nazistas mostraram até onde é possível se chegar quando se dá poder a um indivíduo excêntrico, e o fato de um indivíduo excêntrico ter obtido poder se deve a uma situação humilhante e catastrófica gerada pela falta de diálogo e pela sede de vingança e retaliação que pairou sobre a Europa na época.
Envio-lhes este linkhttp://www.beth-shalom.com.br/especiais/campos_de_concentracao/index.php para que possam visualizar um jogo de imagens completo do que resta dos campos da morte nazistas. A mensagem do site é o que menos importa segundo minha análise, meu objetivo ao indicá-lo é o acervo de imagens e nada mais.

"Aquele que depois de milênios não é capaz de se dar conta, vive na sombra, na ignorância... à mercê dos dias do tempo."
(Goethe)

Abraços

Prof. Geferson

História do Paraná - 1

Envio-lhes abaixo alguns tópicos para se montar uma sequência básica de estudo de História do Paraná. É só seguir os tópicos e pesquisar de acordo com eles.

HISTÓRIA DO PARANÁ – TÓPICOS


INTRODUÇÃO

 Formação da Província: 1853 – Estado: 1889
 Séc. XVII: Ciclo do Ouro (Aluvião)
 MG: Reversão do Ouro

COLONIZAÇÃO E POVOAMENTO

 São Vicente
 Hans Staden
 Paulistas
 Paranaguá (1648 – 1811) – Curitiba (1693 – 1811)
 Gabriel de Lara
 Caminhos do Peabirú e do Viamão



CICLOS

CICLO DAS TROPAS

 Viamão (1731) a 1870 (Ferrovias)
 Muares (invernada)
 Fazendas

CICLO DO OURO

Gabriel de Lara

CICLO DA ERVA-MATE

Mate Laranjeiras S/A

CICLO DO CAFÉ

Formação no Norte Novo

EMANCIPAÇÃO

 Guerra dos Farrapos / Revolução Liberal - Relação entre esses movimentos e a emancipação do PR
28/08/1853: Província: Zacarias de Góis e Vasconcelos

 Composição:
a) Cidades: Curitiba e Paranaguá
b) Vilas: Guaratuba, Antonina, Morretes, São José dos Pinhais, Lapa, Castro e Guarapuava
c) Freguesias: Campo Largo, Palmeira, Ponta Grossa, Jaguariaiva, Tibagi e Rio Negro
d) Capelas Curadas: Guaraqueçaba, Iguaçú, Votuverava e Palmas

COLONIZAÇÃO

 Ucranianos
 Holandeses
 Alemães
 Italianos
 Suíços
 Franceses
 Ingleses
 Poloneses 
 Colônia Santa Cecília - Uma Experiência Anarquista no Brasil

ECONOMIA (Antes)

 Muares
 Erva-Mate
 Madeira
CONSOLIDAÇÃO

 1924 (Lord Lovat) – 500 mil Alqueires (norte do Paraná)
 Companhias (núcleo: Londrina) - Cia de Terras Norte do Paraná - Paraná Plantation
 A Missão Montagú

ATUALIDADES

 Imigração para Centro-oeste e Amazonas
 Em 1980, a colheita de soja atingia o recorde de 2.500kg por hectare
O trigo colocava o Paraná no primeiro lugar nacional, com 57% da produção de todo o país
 Questão do cultivo de Arroz em várzeas
 Indústria de Madeira e Móveis
 Refinaria Presidente Getúlio Vargas (1977)
 Fábricas de automóveis e caminhões
 Usinas Hidrelétricas

Abraços

Prof. Geferson