segunda-feira, 22 de março de 2010

O ASSUNTO HOJE É ENERGIA

ORIENTE MÉDIO

As riquezas do Irã em gás natural: EUA miram a principal energia do mundo futuro

Por Finian Cunningham [*]

O arranque programado para este mês dos furos da China National Petroleum Company (CNPC) do campo de gás de South Pars, no Irã, poderia ser tanto um arauto como uma explicação de desenvolvimentos geopolíticos muito mais vastos.

Antes de mais nada, o projeto de US$5 bilhões – assinado no ano passado após anos de arrastamento da parte dos gigantes da energia ocidental Total e Shell sob a sombra das sanções dos EUA – revela o principal sistema arterial da futura oferta e procura mundial de energia.
Muitos críticos há muito suspeitavam que a razão real para o envolvimento militar dos EUA e de outros países ocidentais no Iraque e no Afeganistão é controlar o corredor energético da Ásia Central. Até agora, o foco parecia ser principalmente o petróleo. Há por exemplo afirmações que um planeado pipeline do Mar Cáspio para o Mar Arábico através do Afeganistão e do Paquistão é o prêmio principal por trás campanha militar aparentemente fútil dos EUA naqueles países.

Mas o que mostra o partenariado CNPC-Irã é que o gás natural é prêmio principal que será essencial para a economia do mundo, e especificamente o fluxo de duas vias deste combustível para o Leste e Oeste da Ásia Central rumo à Europa e à China.

Michael Economides, editor do Energy Tribune de Huston é um dos numerosos observadores da indústria que está convencido de que o gás natural ultrapassará o petróleo como a principal fonte primária de energia, não apenas nas próximas décadas como ao longo dos próximos vários séculos.

Ele destaca a recente previsão da International Energy Agency (IEA), com sede em Paris, que reviu dramaticamente em 100 por cento as suas estimativas das reservas globais de gás natural. Economides atribui este enorme aumento a rápidas melhorias tecnológicas em extrair de campos de gás até agora inacessíveis. Afirma que a IEA estima quantidades de gás natural para 300 anos de abastecimento da atual procura mundial. "Se alguém simplesmente fantasiar quaisquer contribuições futuras de ordens de grandeza dos maiores recursos na forma de hidratos de gás, é fácil ver como é quase certo que o gás natural evolua até ser o primeiro combustível da economia mundial", acrescenta.

A importância crescente do gás natural como fonte de energia tem sido firme e inexorável desde há muitos anos. Entre 1973 e 2007, a contribuição do petróleo para a oferta mundial de energia caiu de 46,1 por cento par 34,0 por cento, com o aumento da utilização de gás natural a colmatar aquele declínio, segundo a IEA. Outras fontes, tais como a Energy Information Administration (IEA), com sede nos EUA, prevêem que o consumo de gás natural triplicará entre 1980 e 2030, data em que mais provavelmente tornar-se-á a fonte de energia primária preferencial para as necessidades industriais e públicas.

Há razões sólidas para o gás natural (metano) estar a tornar-se o rei dos combustíveis fósseis. Em primeiro lugar, tem um poder calorífico muito maior do que o petróleo ou o carvão. Ou seja, mais calor produzido por unidade de combustível. Em segundo lugar, é o combustível mais limpo, pois emite 30 por cento menos dióxido de carbono [NT] em comparação com o petróleo em comparação com o petróleo e 45 por cento menos em comparação com o carvão. Em terceiro lugar, o gás é mais eficiente para o transporte, tanto como matéria primária forma comprimida ao longo de pipelines enterrados como combustível para veículos.

Todas as agências de energia reconhecem que as primeiras fontes do gás natural do futuro estão no Oriente Médio e na Eurásia, incluindo a Rússia. A EIA com sede nos EUA coloca as reservas de gás natural nestas regiões como nove a sete maiores do que aquelas no total da América do Norte – as quais são uma das principais fontes deste combustível.

Dentro do Oriente Médio, o Irã é sem dúvida o principal possuidor de reservas de gás. O seu campo de South Pars é o maior do mundo. Se convertido em barris de petróleo equivalentes, o South Pars do Irã tornaria diminutas as reservas do campo petrolífero de Ghawar, na Arábia Saudita. Este é o maior campo de petróleo do mundo e, desde que entrou em operação em 1948, Ghawar tem sido efetivamente o coração pulsante do mundo para o abastecimento de energia primária. Na era que se aproxima de domínio do gás natural sobre o petróleo, o Irão retirará à Arábia Saudita da condição de principal fornecedor de energia do mundo.

Tanto a Europa como a China posicionam-se para serem rotas tronco para o gás iraniano e da generalidade da Ásia Central. A infraestrutura já está a moldar-se para refletir isto. O gasoduto Nabucco está planejado para fornecer gás do Irã (e do Azerbaijão) via Turquia e Bulgária transportando-o para a Europa Ocidental (assinalando um fim ao domínio russo). O Irã também exporta gás via gasodutos separados para a Turquia e a Armênia e também está a procurar negócios de exportação com outros países do Golfo, incluindo os Emirados Árabes Unidos e Oman. Outra rota principal é o chamado gasoduto da paz, do Irã para o Paquistão e a Índia, através do qual o Irã exportará este combustível para dois dos mais populosos países da região. Mas talvez a perspectiva mais irresistível para o Irã seja o gasoduto de 1.865 quilômetros que fornece gás natural do Turquemenistão através do Uzbequistão e do Cazaquistão para a China e que deve operar a plena capacidade em 2012. O Sul do Turquemenistão tem uma fronteira de 300 km com o Irã e já tem um acordo de exportação de gás com Teerã. Se o desenvolvimento do campo gasista iraniano-chinês de South Pars puder ser incorporado nos gasodutos transnacionais acima mencionados, isso confirmaria o Irã como o coração pulsante da economia mundial na qual o gás é a fonte de energia primária. Isto é potenciado ainda mais pela procura de gás da China, em crescimento rápido, a qual a EIA prevê que podia estar dependente de importações em mais de um terço do seu consumo de gás natural em 2030.
Neste contexto de um grande realinhamento da economia energética mundial – no qual haverá uma diminuição contínua do papel dos EUA – a retórica tronitroante de Washington acerca de democracia e paz e guerra ao terror ou alegadas armas nucleares iranianas pode ser vista como uma tentativa desesperada para esconder o seu medo de que esteja destinado a ser um grande perdedor. Cercar o Irã com guerras e ameaçar o fornecimento de gás para o provável maior futuro consumidor de gás – a China – é o assunto real. As ações dos Estados Unidos são vistas mais exatamente como o encostar de uma faca nas artérias energéticas de uma economia mundial que os EUA não são mais capazes de dominar.

Um novo aspecto desta história é a posição da Rússia. Com as suas próprias vastas reservas de gás natural, ela pode ser vista como um competidor do Irã. Comprovadamente menos bem posicionada do que o Irã para o fornecimento tanto à Europa como à China, a Rússia é, no entanto um grande ato e tem estado insistentemente a cortejar a China com um acordo de exportação desde 2006. Contudo, como observa Economides, "as negociações entre os dois países tem sido intermitentes e, especialmente, a construção do gasoduto tem sido penosamente lenta".

Mas as ambições da Rússia em expandir as suas exportações de gás natural podem explicar porque ela tem mostrado ser um aliado caprichoso do Irã. A posição ambivalente de Moscou em relação a sanções dos Estados Unidos contra o Irã sugere que a Rússia tem a sua própria agenda destinada a embaraçar a república islâmica como um rival regional na energia.

domingo, 14 de março de 2010

VOCÊS JÁ SE ESQUECERAM DO HAITI?

Para aqueles que já se esqueceram da tragédia, segue abaixo um texto atualizado sobre a situação.
Abraços
Prof. Geferson

Haiti



País busca a normalidade mas predominam as sequelas do terremoto


Porto Príncipe (PL) Dois meses após o terremoto que destruiu esta capital e outras cidades próximas, o Haiti tenta regressar pouco a pouco à normalidade, mas passarão anos até que tudo volte a ser como antes daquela tarde fatídica do dia 12 de janeiro.
Convencidos de que a vida deve continuar, os haitianos se agarram a cada manhã a seus trabalhos habituais, sem esquecer que o terremoto levou para sempre 230 mil pessoas e deixou mais de 300 mil feridos e mais de um milhão sem teto.
Uns abrem a cada manhã seus habituais postos de venda de frutas, comidas, ervas ou comidas rápidas, enquanto outros vagam pela cidade destruída em busca de um emprego com o qual possam ganhar o dinheiro necessário para sustentar a família, ou a eles próprios.
Alguns voltam a obstinar-se com seus telefones móveis, mas a maioria os esqueceu para sempre, conscientes de que há coisas bem mais importantes por resolver, entre elas uma coberta com a qual se proteger durante a temporada de chuvas, quase iminente.

Por agora, através da ajuda internacional, milhares de famílias receberam barracas de campanha para se proteger, mas ainda não satisfaz a imensa demanda e muitos homens e mulheres perambulam pela cidade em busca de madeira, latão ou nylon com o qual se possa levantar um teto ocasional, ainda que demasiado frágil.

Quase todos os parques da capital, os estádios de futebol ou de qualquer outro esporte estão abarrotados de pessoas, as quais vivem em situações muito precárias, quase sempre sem água, eletricidade ou um sistema sanitário que garanta a não proliferação das epidemias.

No entanto, mais que as chuvas, aos haitianos comuns, e também às autoridades, lhes preocupa a chegada da temporada ciclônica, que começa no dia 1 de junho, porque em nenhum dos assentamentos ocasionais existem condições para resistir à força dos ventos de um furacão.

Há alguns dias atrás, o representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, Edmond Mulet, advertiu que apesar dos esforços da comunidade internacional, milhares de haitianos ficarão desprotegidos durante a próxima temporada ciclônica.

"Não seremos capazes de prover moradias sólidas e estáveis, há que o reconhecer, nem um teto seguro para todos os haitianos que o precisam", comentou Mulet, chefe da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (MINUSTAH).

Até agora, no Haiti foram entregues 200 mil barracas de campanha e a cifra pode chegar a 240 mil em alguns dias, mas esses refúgios serão demasiado frágeis para resistir aos ciclones tropicais.

O servidor público da ONU tem consciência de que poderão suportar a chuva, mas não os fortes ventos que arrastam as precipitações, uma das causas pelas quais começarão a edificação de estruturas de metal no meio dos campos de refugiados, mas sem especificar se cada um dos mais de 900 acampamentos contarão com as mesmas.

Por outra parte, o curso escolar não tem data fixa de reinício e ainda que em a princípio se estabeleceu o mês de abril para o começo das atividades docentes, em Porto Príncipe será quase impossível porque a maioria das escolas foram destruídas e outras sofreram danos demasiado severos.

No momento, as crianças também fazem parte do exército de perambulantes que permanecem na rua da manhã até a noite, e até o ministro de Educação, Joel Derosiers, reconhece que será difícil os devolver às aulas, quando as condições mínimas forem criadas.

Alguns, os maiores, se dedicam junto aos alguns adultos a extrair o aço do concreto, um dos trabalhos habituais para os haitianos nestes dias, nos quais o trabalho escasseia.

A realidade: dois meses depois, Porto Príncipe exibe ainda um terrível panorama, com milhares de construções metade destruídas ou a ponto de rodar pelas ladeiras das montanhas e outras a espera de alguém que se encarregue de as converter em escombros.

Entre essas edificações contam-se algumas das mais importantes do país, como o Palácio Nacional, destruído pelo terremoto e ainda pendente de que alguém determine o que se fará com ele.

Revolução Industrial - Resumo

PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL



• INGLATERRA (+ - 1760)


PASSAGEM DA MANUFATURA PARA A MAQUINOFATURA

FATORES:


1) Acumulação Mercantilista

2) Liberalismo Político (Revolução Gloriosa – 1688/89)

3) Ética Protestante

4) Colônias (Mercado Consumidor e Fornecedor: Algodão)

5) Presença de Ferro e Carvão

6) Presença de Bancos e Cidades

7) Mão-de-obra: Êxodo Rural (Cercamentos – Enclousures)



CONSEQÜÊNCIAS:



• Consolidação do processo de transição entre o Feudalismo e o Capitalismo

• Burguesia (empresários industriais) X Proletariado (operários urbanos)

• Exploração do Trabalhador (Baixos Salários, Alta Jornada de Trabalho

• Indústrias com Instalações Precárias

• Evolução do Capitalismo (Capitalismo Comercial >>> Industrial)

• Surgimento dos Movimentos Operários

segunda-feira, 8 de março de 2010

GRÉCIA ANTIGA - RESUMÃO

Olá, amigos.
Segue um ótimo resumo de História da Grécia

GRÉCIA ANTIGA


• Povoamento da Grécia: Aqueus, Eólios, Jônios e Dórios



PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (XX – XII A.C.)



• Civilização Cretense:

o Rei Minos – Cidade de Cnossos

o Comércio com as regiões vizinhas (Egito)



• Civilização Micênica:

o Século XV a.C. Aqueus (Cretenses + Aqueus = Micênicos)

o Agricultura, Artesanato e Comércio

o Expansionismo (Guerra de Tróia)



• Século XII a.C.:

o Invasão dos Dórios

o Fim da Civilização Micênica

o 1ª Diáspora Grega (Êxodo Rural)

o “Desaparecimento da Escrita”



PERÍODO HOMÉRICO (Séc. XII – VIII a.C.)



• Homero: Ilíada e Odisséia

• Hesíodo: Teogonia

• GENOS: “tribos” chefiadas pelo Pater Famílias

• Crescimento Demográfico: Desestruturação dos Genos (surgimento da Polis)



INDIVÍDUO GENOS FRATRIA TRIBO DEMOS PÓLIS

(Cidade-Estado)



• Surgimento da Propriedade Privada: Eupátridas (“Bem Nascidos”)

• Polis: Acrópole (funções religiosa e militar) e Agora (praça pública)





PERÍODO ARCAICO (VIII – VI a.C.)



• Evolução Política da Grécia:



MONARQUIA ARISTOCRACIA OLIGARQUIA TIRANIA DEMOCRACIA





• Colonização Grega: 2ª Diáspora Grega (Magna Grécia, Bizâncio, Crotona, Marselha, etc.)



ATENAS



• Península da Ática (foi poupada das invasões dóricas)

• Política:

o Basileu (Rei): Função Religiosa e Militar

o Aristocracia: “Governo dos Melhores” auxiliado pelos Arcontes (funções militares, religiosas e judiciárias)

o Luta entre Aristocratas e Populares



• Leis Escritas:

o DRÁCON (621 a.C.): Código de Drácon

o SÓLON (594 a.C.): reformas na Legislação (eliminou a escravidão por dívidas e dividiu a sociedade em censitária)



ATENAS

Sociedade: Dinâmica

Política: Democracia

Economia: Comércio Marítimo

• Tiranias: Pisístrato, Hiparco e Hípias

• Democracia: CLÍSTENES (510 a.C.):

o Ostracismo: exílio por 10 anos aos inimigos da Democracia



• Educação: Físico, Intelectual e Artístico

• Sociedade: Eupátridas, Metecos e Escravos





ESPARTA



• Península do Peloponeso (Invasões Dóricas)

• Política:

o Diarquia: dois reis (funções militares e religiosas)

o Éforos: cinco magistrados (funções executivas – fiscais)

o Gerúsia: 28 ançiãos (+ de 60 anos) Representação máxima de poder – Oligarquias

ESPARTA

Sociedade: Estratificada

Política: Oligarquia

Economia: Agrícola

o Apela: Assembléia do Povo (esparcíatas de 18 a 60 anos)



• Sociedade: Esparcíatas, Periecos e Hilotas



• Educação: Militar

• Militarismo, Xenofobia e Terras Estatais







PERÍODO CLÁSSICO (V – IV a.C.)



• Guerras Médicas (Greco-Pérsicas) (490 – 479 a.C.): Gregos X Persas

• Confederação de Delos: Liderança e Hegemonia de Atenas

• Tratado de Susa (448 a.C.): Paz entre gregos e persas

• Imperialismo Ateniense: “SÉCULO DE PÉRICLES” – Séc. V a.C.

• Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C.): Atenas X Esparta (vitória de Esparta)

• Conseqüências:

o Desunião e enfraquecimento das Polis Gregas

o Invasões Macedônicas



PERÍODO HELENÍSTICO (III – II a.C.)



• Batalha de Queronéia (338 a.C.): Felipe II (Macedônia)

• Alexandre Magno



CULTURA GREGA



• Humanismo e Antropocentrismo

• Religião: Politeísmo Antropomórfico e Materialismo (negam a existência da alma)

• Mitologia Grega

• Teatro: Comédias e Tragédias (Ésquilo, Sófocles, Eurípedes, Aristófanes)

• História: Heródoto

• Arquitetura: Ictínio e Calícrates (Partenon)

o Estilos: Dórico (1), Jônico (2) e Coríntio (3)



• Filosofia:

o Pré-Socráticos, Sofistas e Socráticos

• Medicina: Hipócrates



CULTURA HELENÍSTICA



• Fusão da Cultura Grega e Oriental

• Arte: Realista (violência e dor)

• Arquitetura: Luxo e Grandiosidade (Farol de Alexandria)

• Escultura: Turbulência e Agitação (Colosso de Rodes)

Abraços
Prof. Geferson

quarta-feira, 3 de março de 2010

Olá, pessoal.

Este é um "resumão" sobre Guerra Fria para vocês se orientarem nos estudos diários e para as provas.

Aproveitem!

Abraços
Prof. Geferson


GUERRA FRIA
(1945 – 1989)



BIPOLARIZAÇÃO POLÍTICA, IDEOLÓGICA E MILITAR ENTRE:

EUA X URSS


CARACTERÍSTICAS:

·        Influência (capitalista ou comunista) nos diversos continentes

·        Corrida Armamentista

·        Corrida Espacial

INÍCIO DA GUERRA FRIA:

·        1945: Conferência de São Francisco: criação da Organização das Nações Unidas (O.N.U.)
·        Doutrina Truman (12/03/45)
·        Plano Marshall (1947)
·        Comecom (1949)
·        OTAN (1949)
·        PACTO DE VARSÓVIA (1955)
·        1959: Coexistência Pacífica

EUROPA:

·        BENELUX
·        1951: CECA
·        1957: Mercado Comum Europeu (Tratado de Roma)

DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

·        Enfraquecimento Europeu Pós-Guerra
·        Líderes Nacionalistas
·        Influências da Guerra Fria
ÍNDIA (1947):

·        Gandhi: Resistência Pacífica

CHINA (1949):

·        Revolução Socialista: Mao Tsé Tung
·        Estatização da Economia
·        Planos Quinquenais
·        1960-66: Revolução Cultural
·        1980 - ... : Abertura econômica

ORIENTE:

·        Guerra da Coréia (1950 – 53)
·        Guerra do Vietnã (1963-1973)

ÁFRICA:

·        Guerras Civis (Miséria, Doenças)
·        África do Sul:
·        Apartheid
·        Nelson Mandela (1980)
·        1955: Conferência de Bandung (política de não-alinhamento dos países do 3º Mundo)

AMÉRICA LATINA

·        Domínio econômico dos EUA

·        1959: Revolução Cubana
o   Fidel Castro, Ernesto Che Guevara
o   Embargo econômico dos EUA
o   Aproximação com a URSS

·        EUA financiam golpes militares:
o   Brasil (1964)
o   Chile (1973)
o   Etc.

ORIENTE MÉDIO:

·        1948: Criação do Estado de Israel;
·        Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Transjordânia, e Iraque)
·        Guerra de Independência (1949), Suez (1956), Seis Dias (1967), Yom Kippur (1973)
·        Israelenses X Palestinos
·        IRÃ:
·        1979: Revolução Islâmica (Aiatola Khomeini):
o   Fanatismo religioso, terrorismo, EUA: Grande Satã)
o   Guerra Irã – Iraque (1980 – 88)
o   Guerra do Golfo (1991)

FIM DA GUERRA FRIA:

·        1989: Queda do Muro de Berlim
·        1991: Fim da URSS
·        Europa Oriental: Nacionalismos
·        Mikhail Gorbatchev (1985 – 91):
·        GLASNOST (Transparência – Liberalização Política)
·        PERESTROIKA (Reconstrução – Reestruturação Econômica)
·        Eleições Livres no Leste Europeu
·        Agosto/ 91: tentativa de golpe militar (comunistas)
·        Natal de 91: Renúncia

O MUNDO ATUAL

·        Globalização:

o   Formação de Mercados Comuns
o   Neoliberalismo
o   Avanço Tecnológico
o   Aumento do Desemprego


·        Ataque Terrorista WTC (11/09/2001)
·        Doutrina Bush (EUA X Terror)
Invasão do Afeganistão e do Iraque

terça-feira, 2 de março de 2010

Texto sobre o Episódio no Chile

Olá, pessoal.

Envio-lhes um texto interessante sobre o episódio no Chile.


Chile


Santiago sobreviveu!


Luiz Carlos Azenha, de Santiago, via R7
Se fosse apenas um filme, não uma tragédia, seria justificável o comentário de uma colega jornalista, que encontrei na portaria de um hotel da capital chilena: “Sinceramente, eu esperava mais”. Talvez seja uma marca deste século midiático: medimos as tragédias pela capacidade que elas têm de gerar público e manchetes espalhafatosas para preencher os espaços entre os comerciais.
Pois a manchete, então, é a seguinte: Santiago sobreviveu!
Com hematomas, com certeza. O aeroporto fechou, o metrô também, passarelas de rodovias e alguns prédios mais antigos desabaram, vários serviços ficaram paralisados.
Mas no momento em que escrevo esse texto, menos de 48 horas depois do terremoto, a cidade nem parece que enfrentou o maior tremor dos últimos 50 anos.
Sim, há os inconvenientes para nos lembrar de como nos tornamos dependentes das comodidades da vida moderna, como a internet, o telefone celular e a água quente.
No hotel de executivos em que estou hospedado, bem pertinho do palácio presidencial de La Moneda, não há água quente para os banhos — o fornecimento de gás continua cortado — e os elevadores não estão funcionando.
Subir sete andares de escadas pode parecer traumático para quem acaba de completar uma viagem de 8 horas de automóvel desde Mendoza, na Argentina, único jeito de chegar à capital chilena.
Mas não podemos esquecer que há menos de 48 horas esta cidade foi chacoalhada por um terremoto de 8,8 pontos na escala Richter. E Santiago funciona, ainda que aos trancos.
Conversando com um turista brasileiro, sem querer ele me explicou o motivo do “sucesso” de Santiago, que pode parecer trágico para os marinheiros de primeira viagem: o prédio do hotel em que estamos hospedados chacoalhou. Que é exatamente o que se espera de um prédio bem construído em uma região sujeita a terremotos: que chacoalhe, mas não desabe.
Deixo Santiago por um instante e mentalmente me transporto ate Tóquio, onde fiz uma grande reportagem em 2001: estive embaixo de um prédio altíssimo que incorporava molas gigantescas à sua estrutura, justamente para dar à construção mais flexibilidade nos tremores. É o famoso balança mas não cai.
Não tive tempo de ir ao subsolo checar se o prédio onde me hospedo agora tem molas na estrutura, mas é fato que a legislação chilena foi aperfeiçoada depois do grande terremoto de 1985. Nos últimos dez anos todos os prédios erguidos no Chile obedecem a normas internacionais para torná-los menos vulneráveis a tremores.
O que não é uma garantia absoluta. Estive nos escombros de uma das autopistas mais modernas de Santiago, que liga o centro da cidade ao aeroporto internacional e que veio abaixo feito um castelo de cartas. Um chileno protestou: “Pagamos pedágios caríssimos para andar nessa via urbana e veja só”. Só diz isso porque não sabe as “coisas” pelas quais nós, brasileiros, pagamos pedágio.
Mas esse episodio trágico é a exceção que confirma a regra: Santiago resistiu surpreendentemente bem.
Talvez seja resultado das comparações inevitáveis com o que vimos no Haiti, embora essa historia de “comparar” terremotos tenha se transformado em uma espécie de gincana bizarra.
No caso de Porto Príncipe, o epicentro foi a pouco mais de 10 km; em Santiago, a mais de 300.
Ainda assim, é inegável que os danos nas duas cidades foram diretamente proporcionais à qualidade das construções e à estrutura dos governos locais. Quanto mais fraco o estado, maiores as conseqüências dos fenômenos naturais como enchentes e terremotos e menor a capacidade de lidar com elas.
Mas, se avançarmos no caminho das comparações, os haitianos não se saem de todo mal. Eu me lembro bem quando colegas, numa manifestação talvez inconsciente de racismo, previam que o mundo viria abaixo em Porto Príncipe, por conta de gangues que provocariam saques violentos. Foram dias até que um episódio do gênero de fato acontecesse em Porto Príncipe.
Pois aqui, em Concepción, a maior cidade da região realmente destruída pelo terremoto de sábado, nem bem 24 horas se passaram e uma multidão atacou os armazéns de um supermercado.