sábado, 30 de outubro de 2010

Resumo de Comte e o Positivismo com Comentários do Prof. Geferson

Olá, pessoal. Segue o resumo de Comte e o Positivismo devidamente comentado por mim mesmo.
Observem as legendas (ex.: G1, G2) e o os comentários no final da página. Copiem e baixem para vocês poderem estar estudando.


Abraços
Prof. Geferson


TEXTO - 1
O POSITIVISMO
(NA VISÃO DE AUGUSTE COMTE) 

Auguste Comte (1798-1857), nascido em Montpellier, França, tornou-se discípulo de Saint-Simon[G1] , de quem sofreu enorme influência. Sua principal característica foi a devoção aos estudos e à filosofia positivista.
A definição de Auguste Comte quanto à sociologia é de que ela deve ser vista como uma ciência da sociedade, denominando-a, inicialmente de "física social".[G2] 
Baseando-se na definição de que a sociologia é uma ciência da sociedade, bem como apoiando-se no conselho dos pensadores iluministas do século XVIII, que afirmavam que podemos entender as leis da sociedade humana aplicando-se os instrumentos da ciência, Auguste Comte insere uma nova teoria da sociedade, denominada "positiva".
A "teoria positiva" partia do princípio de que os homens deveriam aceitar a ordem existente, não devendo contestá-la. Assim, também, ao ser humano cabe "revelar" o mundo não existindo a possibilidade de "mudá-lo".
O objetivo da sociologia, portanto, é definir o que a sociedade é e não dizer o que ela deveria ser.
O positivismo está alicerçado na prática da coleta de dados sobre determinada sociedade, cuja análise será feita através da constatação e confirmação desses dados.
Não basta, portanto, a apresentação de idéias vagas, sem consistência, e, principalmente, sem fundamentação.
A crença no que de fato existe é primordial.
A verdade científica trata dos fenômenos ou fatos dominantes ou constantes, não tendo como objetivo atingir as causas, limitando-se apenas a constatar a "ordem que reina no mundo".
A evolução do intelecto e da consciência do homem só serão possíveis se este voltar-se para o passado, portanto, a ciência deve revelar uma ordem e permitir a ação do homem[G5] , caso contrário, sua existência de nada valeria.
As leis da natureza são sólidas, verdadeiras. Trata-se do mundo intelegível, motivo pelo qual Auguste Comte diz que o homem não deveria estar preocupado com as questões futuras, nem prender-se a detalhes.
Para Auguste Comte havia uma hierarquia na natureza, podendo compor-se de fenômenos simples ou complexos, sendo de natureza orgânica ou inorgânica, inerente aos seres vivos e ao homem.
Sua visão era de que o mundo poderia ser interpretado partindo-se do princípio de que havia um condicionamento que era feito pelo inferior ao superior, porém não havia como determiná-lo, ou seja, os fenômenos da vida ou fenômenos sociais eram condicionados, porém não determinados pelos fenômenos químicos e físicos.
A Sociologia, segundo Comte, deve exercer uma espécie de magistratura espiritual, pois todas as ciências se voltam para ela, por representar o nível mais alto de complexidade, de nobreza e de fragilidade.
A humanidade é o único referencial para se obter as informações necessárias quanto aos conhecimentos e métodos existentes.
O modo de pensar e a atividade do espírito são solidários com o contexto social, estando vinculados a uma determinada época de cada pensador.
Desta feita, a sociologia passa a ser uma abordagem científica para compreender a vida social do homem, como também uma perspectiva que se preocupa com a natureza do ser humano, o significado e a base da ordem social e as causas e conseqüências da desigualdade social.



A sociologia é, portanto, uma tentativa de compreender o ser humano em grupo. Concentra-se em nossa vida social.
Não enfoca a personalidade do indivíduo como a causa do comportamento, mas examina a interação social, os padrões sociais e a socialização em processo (origem e desenvolvimento das sociedades.


TEXTO – 2
A LEI DOS TRÊS ESTADOS
O espírito humano, em seu esforço para explicar o universo, passa sucessivamente por três estados:
a) O estado teológico ou "fictício" explica os fatos por meio de vontades análogas à nossa (a tempestade, por exemplo, será explicada por um capricho do deus dos ventos, Eolo). Este estado evolui do fetichismo ao politeísmo e ao monoteísmo.[G9] 
b) O estado metafísico substitui os deuses por princípios abstratos como "o horror ao vazio", por longo tempo atribuído à natureza. A tempestade, por exemplo, será explicada pela "virtude dinâmica"do ar (²). Este estado é no fundo tão antropomórfico quanto o primeiro ( a natureza tem "horror" do vazio exatamente como a senhora Baronesa tem horror de chá). O homem projeta espontaneamente sua própria psicologia sobre a natureza.[G10]  A explicação dita teológica ou metafísica é uma explicação ingenuamente psicológica. A explicação metafísica tem para Comte uma importância sobretudo histórica como crítica e negação da explicação teológica precedente. Desse modo, os revolucionários de 1789 são "metafísicos" quando evocam os "direitos" do homem - reivindicação crítica contra os deveres teológicos anteriores, mas sem conteúdo real.
c) O estado positivo é aquele em que o espírito renuncia a procurar os fins últimos e a responder aos últimos "por quês". A noção de causa (transposição abusiva de nossa expeirência interior do querer para a natureza) é por ele substituída pela noção de lei.[G11]  Contentar-nos-emos em descrever como os fatos se passam, em descobrir as leis (exprimíveis em linguagem matemática) segundo as quais os fenômenos se encadeiam uns nos outros. Tal concepção do saber desemboca diretamente na técnica: o conhecimento das leis positivas da natureza nos permite, com efeito, quando um fenômeno é dado, prever o fenômeno que se seguirá e, eventualmente agindo sobre o primeiro, transformar o segundo. ("Ciência donde previsão, previsão donde ação").[G12] 
Acrescentemos que para Augusto Comte a lei dos três estados não é somente verdadeira para a história da nossa espécie, ela o é também para o desenvolvimento de cada indivíduo. A criança dá explicações teológicas, o adolescente é metafísico, ao passo que o adulto chega a uma concepção "positivista" das coisas.
(²) São igualmente metafísicas as tentativas de explicação dos fatos biológicos que partem do "princípio vital", assim como as explicações das condutas humanas que partem da noção de "alma".
Com relação ao principal problema social de sua época – o crescimento do proletariado industrial –, a posição de Comte não foi uma posição revolucionária     como a de  Marx         (1818 – 1883). Comte considerava que todas as medidas sociais deveriam ser julgadas em termos de seus efeitos sobre a classe mais numerosa e mais pobre. Acreditava também que os proletários (e as mulheres) pudessem abrandar o egoísmo dos capitalistas e que uma ordem moral humanitária poderia abolir todos os conflitos de classe. Os capitalistas deveriam ser moralizados e não eliminados: a propriedade privada deveria ser mantida. Comte foi, na verdade, um conservador e característicos dessa atitude são os seus elogios à ordem católica e feudal da Idade Média. Dentro de uma linha de revalorização do catolicismo, típica de sua época, atacou o protestantismo, considerando-o uma religião negativa e anárquica intelectualmente.
Os anseios de reforma intelectual e social de Comte, contudo, não se limitaram a uma política e se desenvolveram no sentido da formulação de uma religião da humanidade. Isso aconteceu nos últimos quinze anos de sua vida, quando estabeleceu os princípios fundamentais dessa nova religião. Formulou então um novo calendário, cujos meses receberam nomes de grandes figuras da história do pensamento, como Descartes; o calendário tinha também seus dias santos, nos quais se deveriam comemorar as abras de Dante, Shakespeare, Adam Smith, Xavier de Maistre e outros. Comte redigiu ainda um novo catecismo, cuja idéia central reside na substituição do Deus cristão pela Humanidade.[G13] 


 [G1]Comte chegou a declarar abertamente a importância de Saint-Simon em sua formação intelectual, mas depois se desentenderam..

 [G2]Por que se baseia em leis lógicas como a física. Compreensão das leis naturais que regem a sociedade. DO mesmo modo como um cientista busca compreender as leis naturais.

 [G3]Ele é prático e materialista, ao contrário do idealismo. Daí o significado de “Ordem e Progresso.”

 [G4]Influência do ideal Iluminista predominante na época. Esta ideologia se caracteriza pela valorização da ciência, o que resultou em grandes avanços, tais como a Revolução Industrial, mas em contrapartida colocou o homem e suas características (sentimentos, paixões, dons) em segundo plano. Tal desprezo vai causar uma revolução na filosofia tempos depois como o surgimento de linhas filosóficas como o Romantismo, o Intuicionismo, etc., que valorizam o ser humano e sua peculiaridades.

 [G5]Após descobrir a ordem natural das coisas, o homem pode alterá-la, modificando o futuro. Repito aqui o termo: “Ordem e Progresso.”

 [G6]Análise retroativa.

 [G7]Reconhecimento e valorização do trabalho de outros intelectuais. O conhecimento é um processo acumulativo.

 [G8]O social caminha de forma independente. Não pode ser determinado por outras influências.

 [G9]Está além do homem. É determinado por uma força inatingível.

 [G10]Procura atribuir princípios humanos à natureza e não compreendê-la como realmente ela é.

 [G11]Os fenômenos se encontram determinados previamente na forma de leis da natureza. O papel do ser humano é apenas compreendê-lo e utilizar essa compreensão para transforma seu futuro.

 [G12]Este trecho reforça o comentário (G10) acima..

 [G13]O conceito positivista substitui o conceito teológico.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Iman Maleki - Obras deste magnífico pintor iraniano

Olá, pessoal.

Desta vez venho mostrar as obras de um magnífico pintor, porém ainda desconhecido de muitos de vocês. Se chama Iman Maleki. É iraniano de Teerã e é considerado o mestre do realismo. Ganhou vários prêmios internacionais e foi formado pela universidade de Teerã.

A primeira tela, denominada As Irmãs e o Livro é o meu próximo objetivo de pintura. Estarei iniciando-a em breve e espero poder terminá-la nas férias.

Apreciem.

(As Irmãs e o Livro - Iman Maleki)


(Memória daquela casa)


(não sei o nome desta tela... desculpem-me)


(a Tar Player - Um jogador de alcatrão)